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I LEANI MUN: IDSS - Análise do Tema B

No segundo dia de debate na Assembleia Geral das Nações Unidas, presenciamos discussões acerca da Crise Migratória de Refugiados. Esperançosos por ver um debate conciso, direto e sem rodeios, o dia já se iniciou com atrasos de muitas delegações, atrasos nos discursos iniciais das mesmas, exageradas e constantes trocas de farpas entre os Estados presentes fazendo com que o foco de conversa fosse totalmente desviado. Em adição, na maioria das sessões, não houveram tantas soluções cabíveis ao tema, muito menos discussões pacíficas.

Com relação aos países analisados, destacam-se as posturas seguintes:

A delegação Cubana em torno da discussão acerca da crise migratória, se mostrou pacífica, cooperativa e já inicialmente propondo uma agenda de discussão para objetivar o debate. Em discursos posteriores, o Estado de Cuba ressalta que a discussão principal está envolta de vidas humanas, milhões de pessoas em busca de asilos na tentativa de escapar do quadro crítico presente em seus respectivos países; sugere ainda, que fosse proveitoso uma interação juntamente a Organizações Regionais a fim de centralizar os auxílios aos refugiados. De um modo geral, a delegação Cubana se compromete em caso de acordos e oferece ajuda médica, visto que, é necessário além de investimento financeiro, ajuda humanitárias também se vêm necessárias. Acerca dos valores da Instituição de Análise, Cuba continua a segui-los de forma clara e respeitosa, defendendo fortemente a paz entre os Estados e a solução do desafio em pauta.

Entristece, porém, a praticamente nula participação de Estados como China, Alemanha, Jordânia e a ausência da delegação paquistanesa na discussão em pauta do dia hoje. Claramente o assunto envolvia as demais nações que não se mostraram influentes e foram fracas em suas participações, sendo que seria de grande produtividade o envolvimento das mesmas citadas para um provável debate mais frutífero.

A delegação da Quênia reafirmou a importância de sua presença na Assembleia durante a discussão deste tema devido à sua relevância geográfica perante a crise dos refugiados. Durante sua participação também relembrou possuir o maior campo de refugiados do mundo e rogou pela manutenção do Fundo Alimentício que corroborava para a permanência dos refugiados dentro do seu território que foi cortado desde maio. Assim como declarou que devido ao risco de segurança nacional muito já foi discutido internamente sobre a possibilidade de fechada de seus campos de refugiados porém o Estado não objetiva isto.

A delegação da Indonésia ressaltou o posicionamento geográfico privilegiado que possui para acolher grande parte do contingente de refugiados, além de relembrar que na Assembleia Geral das Nações Unidas é de grande relevância uma discussão que envolve cessões de todas as nações, sejam consideradas potências ou não. Durante todo o decorrer das sessões, os delegados pediram para que os senhores ali presentes que pudessem se ater aos pontos estabelecidos na agenda votada na primeira sessão. Os delegados reintegraram a importância da realocação dos refugiados e a luta as forças paramilitares, além de apontar as políticas públicas de ensino de língua e cultura dos países, estipuladas no documento provisório de número cinco, que receberão os refugiados como secundários.

A delegação canadense assegurou-se que sua fronteiras encontram-se abertas para receber os refugiados e pediu que as nações ali presentes dessem a devida atenção a esse tema afinal trata-se de vidas e não números. Além disso, sugeriu uma possível articulação com os demais países do continente americano que demonstrassem interesse em receber refugiados. Os delegados canadenses declararam a extrema importância ao respeito as identidades culturais dos refugiados.

A delegação da Turquia declarou receber muitos refugiados e priorizar a integração destes a sociedade. Durante a primeira sessão, os delegados questionaram o uso do termo refugiado e questionaram o porquê do não uso da terminologia migrantes forçados. Estes delegados apresentaram uma proatividade durante os debates não moderados. Durante a segunda sessão, foi recomendado pela delegação aqui analisada manter o foco na agenda votada. Foi expressado um repúdio à sugestão de cotas de refugiados feita pela delegação cubana. Além disto, os delegados convidaram os países da União Europeia para dialogar sobre o oferecimento de auxílio financeiro a Turquia na empreitada do recebimento de refugiados.

A delegação do Senegal posicionou-se pedindo medidas que visassem uma maior estabilidade no continente africano e rogou que os países propusessem planos para pada recebimento de refugiados da maneira mais adequada às condições de cada Estado. Os delegados trabalharam em conjunto com outras nações para a elaboração da agenda que nortearia a reunião. A nação senegalesa ofereceu seu território como rota para a evacuação para os refugiados que chegarem à África. Além disso, o Estado apresentou-se disposto a oferecer auxílio aos indivíduos que necessitarem de refúgio apesar de não possuírem a infraestrutura necessária.

A delegação russa apresentou um atraso considerável devido a dificuldades de locomoção dos seus integrantes e suas ações relativas ao Estado Sírio foram fortemente atacadas. O Estado apenas teve participação relevante a partir da segunda sessão. Os delegados reintegraram a necessidade da defesa da soberania de qualquer Estado, referindo-se às acusações à Síria, e do devido respeito ao governo ali estabelecido por ter sido eleito democraticamente. Após mais declarações relativas às condições domésticas sírias, a delegação de rogou por respeito à nação e a carta das nações unidas assinada por todos ali presentes. Os delegados russos ainda relembraram financiamentos oferecidos pela sua nação para a evacuação de refugiados. Foi também manifestado um desejo por uma proposta de solução que pudesse focar no porquê os refugiados estão saindo de seus países. Em sua participação também sugeriu o oferecimento de ajuda de capital aos países originários dos imigrantes e foi fortemente criticada pelas nações ocidentais.

A delegação indiana relembrou sua assinatura ao Estatuto de Refugiados de 1951 porém devido à sua densidade demográfica explicou não possuir condições de receber refugiados em seu território nacional. Os delegados assinalaram a relevância ao combate à intolerância religiosa e a garantia da segurança nacional dos países que receberão refugiados. Os representantes do Estado indiano propuseram um documento provisório que tratou de importantes pontos para o estabelecimento de políticas públicas para corroborar para a inclusão dos refugiados na realidade cultural das nações que os receberam.


Irã:

  • Delegados do país em questão mostraram-se ativos durante todas as sessões, mesmo inicialmente tenham-se restringindo a troca de farpas entre Estados Unidos e Israel , declarou-se em seu discurso inicial que a entrada de fluxo migratórios é incompatível no seu território pois não possuem mais capacidade de acolhimento, aclamando ajuda financeira para assistirem esses refugiados em seu território que continua com política de portas abertas, sendo assim um dos 5 países que mais recebem refugiados.

  • Estes mesmo sendo atacados e ainda acusados de incentivarem o terrorismo, manteve-se de acordo com os princípios da IDSS mantendo sua soberania e política externa em relação a outras nações e mostrando prontidão a resolução com a participação em documentos provisórios visando a objetividade de uma solução e discussão desta problemática enfatizada nas sessões.

Iraque:

  • Declarou-se aberto aos refugiados que buscam asilo principalmente a pessoas que saem da Síria expulsas de seu país por este estar assolado em guerras , alegou lutar contra o Estado Islâmico que atualmente ocupa apenas 3% de seu território.

  • Apresentou um discurso para que o debate seguisse uma linha clara e direta objetivando uma resolução eficaz a condições de milhões de refugiados com o fim das guerras nesses países consideradas pela delegação do Iraque a “Raiz dos problemas” .

  • Apresentou-se ativa nas 1° e 2° sessão e discutindo documentos provisórios, mostrou também seguir os princípios da nossa instituição.


Coreia do Norte

  • São absolutamente contra o acolhimento de refugiados em seu território, declarando refugiados como “desertantes” e que se estes insistirem permanecer na Coréia do Norte serão “castigados” pela mesma. Alegando a final ser de total responsabilidade dos países de origem desses refugiados cuida destes e seus cidadãos legítimos.

  • Durante as sessões mostrou-se inativa nos debates e propostos de resolução de outros países mostrando sua inflexibilidade em relação sua política externa e mantendo sua soberania.

  • Sobre o projeto de resolução declarou-se a favor considerando os debates dos outros países que elaboraram o documento, porém não seguirá alguns tópicos mantendo a soberania nacional.

Austrália

  • Alegou a importância da discussão em pauta sobre refugiados, declarou-se de portas a bertas a acolherem os que chegam a costa australiana.

  • Foi acusada de não tratar de forma humanitária os imigrantes que chegam em seus “offshores” que são centros de detenção onde os refugiados são levados a chegarem a costa Australiana até seus pedidos de visto sejam analisados e julgados.

  • Mostrou-se ativa mas não muito relevante nas sessões.


Durante a análise realizada em nome da empresa Institute of Defense and Strategic Studies, uma analista necessitou se pronunciar requisitando que os delegados ali dispostos agissem com seriedade e serenidade durante as sessões, afinal determinados comportamentos estavam comprometendo o desenvolvimento e a evolução do debate.

Compreende-se então que as delegações cubana, iraniana e senegalesa apresentaram uma maior relevância aos temas defendidos pela presente empresa, como segurança e desenvolvimento do sudeste asiático, o estabelecimento de forças que estabilizem o Sul da Ásia e de relações bilaterais dentro desta região.

Findando a discussão do tema Crise de Refugiados, foi produzido um projeto de resolução que possui pilares pacíficos e visa um trabalho em conjunto das ONG's e dos governos locais para executar o translado dos refugiados. O presente documento também condena acordos econômicos que tenham como pauta o quantitativo de refugiados acolhidos pelos Estados Soberanos, assim como reforça a fiscalização dos campos de refugiados pelo ACNUD. As nações também acordam em estimular uma promoção de políticas públicas interculturais para integrar os indivíduos às sociedades dos países que os estão acolhendo. A inserção no mercado de trabalho e o ensino da língua foram dois pontos também abordados em tal documento. O projeto sugere o estabelecimento de relações bilaterais por parte das nações que não possuem infraestrutura adequada com o objetivo de possibilitar o recebimento de refugiados. As nações também assinalaram a relevância do uso do Fundo das Nações Unidas para a Infância já que, segundo afirmado nos debates, metade dos refugiados são infantes.

Apesar de todos os percalços enfrentados durante as sessões, foi possível chegar a um acordo neste projeto, entretanto acredita-se que este tema precisará ser amplamente discutido em outros momentos.


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