O debate inicia-se com os discursos introdutórios com algumas delegações apresentando seus respectivos posicionamentos, enquanto outros demonstraram fugir um pouco da política externa esperada pela empresa de análise e não impuseram seus respectivos objetivos. Estes muitas vezes foram expressos apenas por documentos emitidos no decorrer da reunião.
No transcorrer dos debates muitos países optaram por abordagens um tanto agressivas, havendo trocas de farpas entre delegações e alterações por parte dos delegados. Na primeira sessão, foram abordados assuntos nem sempre pertinentes ao tema proposto para debates, como conflitos anteriores e acusações que não cabiam ao comitê solucionar. Algumas delegações como a do Catar, a da Grécia, a da Argentina, a do Egito, a do Brasil, a de Israel, a da Áustria e da Etiópia, infelizmente, não se posicionaram de forma relevante, portanto, não tiveram influência na reunião e não disponibilizaram material suficiente para a confecção de análises a seu respeito.
Todavia, podemos perceber que durante os debates houve alguns destaques, como as delegações: Estadunidense, Venezuelana, Sul-Africana e Francesa. Estas delegações mostraram-se engajadas nas sessões, nem sempre a favor de uma resolução pacífica e nem sempre se expressando de forma adequada (a exemplo da Venezuela), mas interessadas em levar as discussões a frente e defender seus interesses e ideologias.
Os Estados Unidos mostraram-se coerentes com a política externa que esta empresa já previa, sendo eles um país central para a discussão, pois são uma nação com grande potencial bélico nuclear que vem enfrentando grandes ameaças vindas da delegação comunista Norte-Coreana. Colocaram em pauta diversos assuntos pertinentes durante o debate e foram concisos, influenciando o andamento, gerando um debate saudável, e defendendo a ideologia de que os armamentos auxiliam na segurança internacional, sendo eles membros permanentes do Conselho de Segurança, portanto, tendo este papel para com a humanidade. Por isso, seria claramente justificável que estes mantenham-se armados nuclearmente. O apoio de diversas potências foi visível e destacável, como Reino Unido, que defendeu arduamente a América.
Apesar de ser tentado se manter num viés de intervenção pacífica, a Venezuela, com sua característica autoritária, por vezes demonstrou apoio a países que se demonstraram agressivos, como o Irã, apoiando uma flexibilização do TNP de 1968 e prostrando-se totalmente contra as políticas americanas, que buscavam manter a paz. Inclusive, foi signatária de um documento em conjunto com países que claramente ameaçam a soberania nacional da América, como a China, que faz proposições utópicas e ineficazes. Entretanto, é cabível dizer, que a delegação foi hábil em sua oratória e extremamente ativa dentro do debate.
A delegação Francesa mostrou-se interessada no assunto com uma capacidade de influência interessante que poderia ter sido bem utilizada, porém não apresentou eficácia na apresentação de soluções cabíveis. Um exemplo de tal fato foi a fala dos delegados que pedia a exibição de agendas por parte de outras nações sem mostrar-se ativa. Todavia, o país foi extremamente pertinente para o debate e mostrava-se preocupada com o diálogo ocorrendo em Manhattan, tendo sido essencial para a confecção do Projeto de Resolução apresentado no final do dia.
Cabe dizer que a participação ativa da delegação Sul-Africana foi uma surpresa agradável, na maior parte dos debates. Apesar de ter-se mostrado muitas vezes agressiva em seus discursos que atacavam a nação americana, a nação sempre se fazia presente no debate apresentando séries de soluções pouco escutadas, mas constantemente pertinentes, influenciando a Assembleia.
Houve delegações como o México e a Suíça, que tentaram fazer-se relevantes no debate sem sucesso. A nação mexicana, por muitas vezes, mostrou-se repetitiva e impertinente dentro da casa das Nações Unidas, trazendo à tona questões que não eram cabíveis no momento, como suas relações bilaterais com a nação norte americana. A Suíça, como sempre, prostrou-se de forma neutra e irrelevante na apresentação de soluções realistas.
Podemos observar que alguns países, embora não tenham se manifestado continuamente durante a reunião, conseguiram de outras formas impor suas opiniões e objetivos de forma clara, como no caso da Arábia Saudita, que logo em seu discurso de abertura, fez-se simples e objetiva, não deixando dúvidas sobre seu posicionamento.
A Center for Strategic and International Studies se encontra parcialmente satisfeita com o Projeto de Resolução final. Acredita que poderia ter sido melhor elaborado se a troca de farpas não tivesse sido intensa, entretanto, compreende que este foi o melhor que poderia ter sido feito, tendo em vista as conjecturas internacionais e o tempo extremamente limitado.